domingo, 16 de outubro de 2016

Pensamentos noturnos

Até os 15 anos vivi inconsequentemente minha vida, mas faz uns 6 anos que muitas noites gasto horas pensando nela. E basicamente é isso que me motiva a escrever hoje.
Fazendo uma retrospectiva rápida, não acredito ter cometido muitos erros imperdoáveis, mas coro toda vez que passo pelo imenso corredor das vergonhas, e, numa maneira de diminuir esse sentimento, assumo que tudo fazia parte da idade. Mas o que realmente me incomoda na minha vida é que eu sempre ajo de modo bobo em momentos que preciso parecer séria e madura ou até mesmo superior a alguém ou alguma situação. Fiz isso a vida toda e sei que vou continuar fazendo pro resto das primaveras que pretendo completar.
Como disse acima, não fiz maldades para pedir perdão hoje, mas peço imensas desculpas à todos que já me viram gaguejar com cara de nervosa num conjunto bobo. Peço desculpas pelas mi(bi, tri, zi)leões de vezes que me expressei mal ou que pensei na resposta só horas depois da discussão.
Contudo, me motiva saber que agi sempre com o coração, e, de certa forma, me ajuda a aceitar todas as vezes que me dei mal como parte da vida, como algo que não estava no meu controle e que serviram para formar a pessoa que sou hoje. E nessa formação, posso me sentir completa e realizada dentro do possível. Meus erros e acertos me levaram até onde estou hoje e com as pessoas que me cercam, e até mesmo o lugar de cada uma delas na minha vida, e posso dizer que sou feliz, mesmo não tendo conquistado tudo que planejei ainda.
Então, se nos meus vastos 21 anos, posso dar um conselho, eu diria que é necessário aceitar os seus erros e defeitos e defendê-los, pois eles são parte de você e te tornaram a pessoa que é.
A gente costuma muito dizer que "se pudesse voltar no tempo, consertaria muitos erros", pois eu não! Eu não mudaria nada, nem os erros, nem os desencontros, nem os mal entendidos, talvez eu escolheria ter sido uma filha melhor, mas nada além disso, porque Deus me livre de não ser quem eu sou, de não saber tudo que sei.

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

[INSIRA AQUI UM TÍTULO CURTO E ROMÂNTICO]

Já tive uma paixão; Ao mesmo tempo, com outra pessoa, tive uma amizade. Da pessoa que fui apaixonada recebi flores, promessas, declarações em público e presentes maravilhosamente grandes; Do meu amigo eu recebi companheirismo.
Bem, este não é um texto para falar que amizades valem mais do que paixões, é para dizer que ás vezes o amor da nossa vida está do nosso lado sem que a gente perceba.

Hoje começa a primavera.

Pra falar a verdade, este texto é pra falar de nós!
Eu poderia escrever este texto em qualquer data ao invés de esperar por uma em especial, e foi bem isso que eu fiz. Isso porque nós não nos lembramos de nenhum número do mês que caíram as datas especiais, apenas fomos vivendo todos os dias. Isso pra nós não importa.

Mas hoje está começando a primavera.

No fundo, isso é bom, porque me dá uma margem grande pra escrever sempre que eu quiser.
A única coisa que sei é que hoje começa a primavera, e depois dela, o verão. E que foram nessas estações que tudo sempre aconteceu.
Foi entre esses meses que disse a ele que nunca precisaríamos necessariamente colocar um ponto final em cada distanciamento, que poderíamos - na cara de pau - colocar apenas um ponto e vírgula; Foi também nessa estação que ele me pediu oficialmente em namoro para satisfazer a ansiedade de todas as pessoas ao nosso redor que acreditam que essa formalidade é necessária; Foi nesse período que fomos dar voltinhas no centrinho de Cidreira; E nesse período também que comemos vários potes de sorvete sabor cassata só porque era o meu favorito; Foi por esses meses também que fomos naquela festa em que eu cheguei muito antes dele e fiquei esperando por horas e quando achei que ele não viria mais, ele me abraçou por trás, me beijou apaixonado e eu chorei; Foi num início de primavera que assistimos o Rock in Rio numa TV pequena e antiga deitados na cama de solteiro dele tapados com edredom apesar do calor; Foi em pleno verão que o milagre da nossa união se fundiu na minha barriga; E na próxima primavera nasceu a pessoa mais importante pra nós...
Eu infelizmente não tenho fotos pra ilustrar e não sei dizer com precisão a ordem dos fatos, mas não é isso que importa pra nós.
Não sermos iguais talvez tenha tornado tudo muito mais fácil. Se não fosse por ele eu não conheceria tantas bandas alternativas que quase ninguém conhece, e sem mim talvez ele não tivesse parado para assistir aos clássicos do Kubrick e do Tarantino. 
Não sabemos o que vai acontecer amanhã ou depois, e isso que é legal em nós. Não nos preocupamos se vai acabar um dia ou se vai durar pra sempre, apenas vivemos todos os dias, um dia de cada vez.
A paixão é uma barraca de acampamento, uma aventura; Mas amor é uma casa feita tijolo por tijolo presa por cimento, coberta pelo reboco e pintada de *verde sereia*.




Obrigada á todos que abriram o link e leram, no meu subconsciente isso significa que vocês não desistiram do meu talento-pouco-talentoso-e-totalmente-amador de escrever.

Até breve... talvez.