quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Guerra Fria


Eu gosto do banho bem quente, e ele da água mais fria.
Ele sempre coerente e eu cheia de frases vazias.
Eu conversaria da noite até o dia, mas por ele a gente só dormia.

Ele acha que precisa me dar segurança,
Mal sabe ele que meu segundo nome é confiança.
Ele acredita no planejado, mas eu prefiro o arriscado.
Ele prefere se cuidar, e eu morrer de amar!

Ele é o tio Sam e eu sou um urso gordo
Dá pra dizer que nunca chegaremos num acordo.
Dizem que ele ganha a guerra, e eu...
Bem, há controvérsias. 
Mas deixa essa de cortesia.
Lágrimas retraídas são a minha artilharia.


“Dizem que um dos dois sempre ama mais... 
Meu Deus, quem dera não fosse eu.” 



segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Amor, tem um problema...

Acho que mulheres tem problemas em entender algumas coisas, pelo menos as sentimentais, e – só pra variar – me encaixo nesse grupo!
Não, não que o problema seja as mulheres, ou eu, mas como as coisas estão. Apesar de tudo estar “certo”, não é questão do que foi falado na bebedeira de sábado passado ou a droga da casinha com cercado branco, não é toda a coisa que se move e que tem como resposta apenas o fato de ser amor, mas sim o que é quando não está sendo essa coisa.

Partindo da idéia de que tudo tem um motivo e que este motivo é seguido de um agravante, vejamos:
Talvez o início do problema seja eu não conseguir contar isso pessoalmente á parte interessada. Ok, justo! O agravante começa quando eu tenho coragem de colocar isso ao alcance do mundo inteiro mas não de contar diretamente á parte interessada. Conclui-se que o problema não é eu falar, mas a parte interessada ouvir.

[Pode ser que na conclusão do parágrafo acima eu tenha tentado tirar minha culpa. É, talvez eu tenha mesmo, mas tudo bem, eu tenho esse direito!]

Talvez o restante do problema seja por eu ser exatamente como àquelas senhoras que sempre dizem “porque quando minha intuição me diz, é batata*!”, mas não pense que isso me torna a réu, o problema em si é que a parte interessada faz despertar em mim o meu sexto sentido desconfiado, logo a culpa é da parte interessada. O agravante é o fato de eu não saber identificar sozinha ou entender bem o problema, o que me faz olhar com outros olhos para as situações casuais, com olhos de quem procura algo.
E isso tudo mostra como há certa dificuldade para as mulheres de entender algumas coisas. Veja bem: No mundo em que nós, mulheres, vivemos existem apenas duas alternativas amorosas, ou nos amamos e ficamos juntos e dedicamos um ao outro todas aquelas coisas fofas como querer estar perto o tempo todo e não parar de pensar um no outro, ou não nos amamos! Não basta amar quando se está junto, tem que amar quando se está longe e tem que fazer de tudo para estar perto. Parece possessivo, mas não é! É completamente normal e aceitável que se tenha por significado de amor a necessidade de estar junto, portanto dizer que uma mulher ama alguém é o mesmo que dizer que esta mulher tem necessidade daquela pessoa.
Pode-se entender que o problema é uma simples pergunta: “O que acontece quando meu amor não está comigo?”. Assim que identificada a pergunta se questionam as respostas, e de todas as probabilidades posso ver que a resposta não é “continua me amando”, e o agravante é que, se não é esta a resposta, então a resposta não me agrada!

Resumo da história:
Amor, tem um problema e eu ainda não consigo identificar o que é e nem sua fonte. O agravante é que, uma hora ou outra, eu vou descobrir!

*Dizer “é batata” seria o mesmo que dizer “pode ter certeza de que está certo”.